Estudantes e professores das duas universidades lotaram as dependências do teatro da ALMG, que recebeu também, entre os convidados, representantes do Estado, reitores da Uemg e Unimontes, técnicos, representantes de diretórios acadêmicos e diversos parlamentares. Como um dos autores do requerimento que gerou a audiência, Carlos Pimenta ouviu atentamente todas as reivindicações e avaliou detalhadamente cada solicitação. “Minas Gerais não conhece suas próprias universidades, além de não valorizar o ensino superior. A Unimontes, por exemplo, com mais de 50 anos, foi o fator de transformação social, democrático, econômico e de desenvolvimento de todo o Norte de Minas”, observa o deputado, lembrando que a Universidade está presente em mais de 10 cidades com cerca de 10 mil alunos, professores formados, especializados e doutorados.
Para Carlos Pimenta, PDT, a greve da Unimontes tem causado grande desconforto para a comunidade de Montes Claros, bem como para professores, técnicos e alunos. Ele enfatizou que não se faz uma grande universidade sem recursos. O parlamentar defendeu a nomeação imediata dos que já passaram em concurso e se disse bastante preocupado também com a situação da Uemg. “Nós estamos hoje com mais de 500 professores que passaram em concurso e não foram nomeados e ainda faltam cerca de 700 para assumir cargos importantes”, lembra.
Ex-aluno da Unimontes, formou-se em Medicina em 1979, o deputado Carlos Pimenta comenta sobre a falta de estrutura de uma das melhores universidade de Minas e talvez do Pais.“A assistência ao aluno é precária, uma vez que nem alojamentos eles têm. O restaurante universitário foi uma conquista. A partir daí, não houve nenhum avanço”, observa.
Carlos Pimenta comenta que tem observado um esvaziamento muito grande no quadro de professores da Unimontes. Mestres e doutores preparados pelo próprio estado estão deixando a Unimontes por melhores salários, lembra o parlamentar. “Também pudera, o piso salarial dos funcionários da Universidade é metade do piso dos serventuários da educação básica do Estado, com exercício de funções e cargos importantes”, completa.
Carlos Pimenta propôs para o 2º semestre um debate público na ALMG, com audiências nas cidades onde se encontram os Campi. “Queremos conhecer de perto a realidade das unidades das duas universidades. Vamos debater a universidade que temos, que queremos e as universidades que poderão ajudar na transformação do Estado de Minas Gerais”, finalizou.