Os dois foram convidados a prestar esclarecimentos sobre as ações de enfrentamento da pandemia causada pelo novo coronavírus e as contratações necessárias para operacionalizar o Hospital de Campanha montado no Expominas, em Belo Horizonte.
O deputado Carlos Pimenta, presidente da Comissão de Saúde participou do encontro e mais uma vez, expressou preocupação com as diferentes realidades regionais de Minas, principalmente a do Vale do Jequitinhonha. Segundo o parlamentar, o Vale do Jequitinhonha tem nas cidades de Governador Valadares e Teófilo Otoni, os pontos de referência para quase 1 milhão de habitantes, incluindo todo o Vale, parte do Norte de Minas e região do Vale do Mucuri. Nestas regiões, segundo o parlamentar “100% dos leitos de CTI já estão ocupados e é necessário, por ser uma região fragilizada. E nós temos por essas regiões uma atenção especial”, pontuou o parlamentar.
Embora já esteja disponível, com mais de 700 leitos, o Hospital de Campanha, em Belo Horizonte, ainda não foi usado. Se o pico da pandemia, estimado para acontecer no dia 15 de julho, 2 mil novos casos da doença serão registrados no Estado. Número menor do que o imaginado em abril. Mesmo assim, o Secretário de Saúde garante que o Estado está preparado para esse cenário. Mas ele alertou que tudo depende da adesão da população ao isolamento social. De acordo como Secretário de saúde, ouvido pela terceira vez no plenário da ALMG, no novo cenário, do pico em Minas precisará de 1.200 leitos. O Hospital de Campanha tem 740 leitos de enfermaria e 28 de estabilização. Diante disso, Carlos Eduardo defendeu o reforço no isolamento social “Nós estamos na rampa do Pico”, concluiu o secretário.
O Hospital de Campanha, no Expominas, que custou R$ 5 milhões e 300 mil já está pronto, mas ainda falta concluir a licitação para a estrutura. De acordo com o Secretário de Planejamento e Gestão, Otto Levy, como a previsão de casos do pico do coronavírus caiu, a projeção dos gastos foi reduzida. “Se a situação for pior teria que fazer um aditivo. E quem vai dizer da necessidade ou não a essa definição será dada pela secretaria de Saúde, se vamos ter que abrir ou não esse hospital de campanha em função da ocupação ou não dos leitos regulares. O hospital de campanha é sempre a última opção, porque ele não deixa legado na área da saúde para o Estado ou Município”, concluiu o secretário.